Lula abre G20 para discutir aliança contra a fome e reforma da governança global.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abre nesta segunda-feira (18) a reunião de líderes do G20, no Rio de Janeiro, destacando dois temas centrais de seu terceiro mandato: a criação da Aliança Global contra a Fome e a reforma da governança das instituições multilaterais.
Desde o início de 2023, Lula tem reiterado em discursos no Brasil e no exterior sua defesa dessas pautas, além de uma proposta para a taxação global dos super-ricos. A reforma da governança global visa, em especial, mudanças no Conselho de Segurança da ONU, incluindo a ampliação do número de membros permanentes, com a entrada do Brasil e de outros países em desenvolvimento.
Embora o G20 não tenha autoridade para legislar sobre seus membros, o grupo é o principal fórum de cooperação econômica internacional, abordando temas como comércio, saúde, meio ambiente, mudanças climáticas, desenvolvimento sustentável e combate à corrupção.
Na véspera do evento, no domingo (17), Lula realizou encontros bilaterais com líderes como Giorgia Meloni (Itália), Ursula von der Leyen (Comissão Europeia) e Cyril Ramaphosa (África do Sul). Estavam previstos encontros com Emmanuel Macron (França) e Luis Arce (Bolívia) nesta segunda-feira (18), mas as reuniões foram canceladas. Segundo a agenda oficial, apenas Fernando Haddad, ministro da Fazenda, terá uma reunião bilateral, com o francês Antoine Armand, no final da tarde.
Uma das principais iniciativas do Brasil à frente do G20 é a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. A proposta foca em políticas de transferência de renda e no fortalecimento da agricultura familiar. Até domingo (17), 42 países, incluindo a Alemanha, já haviam aderido à aliança.
As metas incluem beneficiar 500 milhões de pessoas com programas de renda, expandir a merenda escolar para 150 milhões de crianças e levar serviços de saúde a 200 milhões de mulheres e crianças. “É uma questão que depende da vontade dos governantes para acabar. É o que fizemos no Brasil: basta colocar o pobre no orçamento para acabar com a fome, a miséria e a desigualdade. Temos 42 países e todos os bancos participando”, afirmou Lula em entrevista à TV Globo.
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