Kremlin se pronuncia sobre liberação de mísseis contra Rússia
Em meio à intensificação do conflito na Ucrânia, a decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de permitir que Kiev utilize mísseis de longo alcance em território russo gerou fortes reações internacionais. Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou que tal autorização “lançaria lenha na fogueira”, complicando ainda mais a situação.
Caso essa permissão seja oficialmente confirmada por Washington, a implicação dos Estados Unidos no conflito tomaria uma nova dimensão, alertou Peskov. A medida, inicialmente divulgada por veículos de comunicação norte-americanos e corroborada por um representante oficial à AFP, pode significar uma escalada significativa na guerra.
Por outro lado, autoridades russas minimizaram o impacto potencial dessa decisão. Andre Kartapolov, presidente da comissão de defesa da Duma, declarou à agência Ria Novosti que a utilização desses mísseis “não alterará o curso das operações militares”, reafirmando que os objetivos russos serão mantidos.
Vladimir Putin já havia advertido anteriormente que tal ação equivaleria a uma participação direta dos países da Otan no conflito. Para enfrentar essa ameaça, a Rússia focará em impedir que aeronaves decole, visando as infraestruturas aeroportuárias.
O que disse Zelensky?
presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky (foto), se manifestou sobre a autorização dos Estados Unidos para que as forças ucranianas possam usar mísseis de longo alcance de fabricação americana dentro do território da Rússia.
Em discurso na noite deste domingo, 17, Zelensky afirmou que os ataques “não são realizados com palavras” e que os “mísseis falarão por si mesmos”.
França e Reino Unido
A França reiterou que a utilização de seus mísseis em solo russo permanece uma “opção”, conforme declarado pelo ministro das Relações Exteriores francês Jean-Noël Barrot. Boris Johnson, ex-primeiro-ministro britânico, incitou França e Reino Unido a seguir o exemplo dos EUA, permitindo que a Ucrânia utilize mísseis de longo alcance contra alvos russos.
Enquanto isso, a China apelou novamente para um cessar-fogo e uma solução política urgente para o conflito. Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, enfatizou a necessidade de desescalar a situação o mais rápido possível.
Em meio às tensões crescentes, o Ministério da Defesa russo anunciou ter abatido 59 drones ucranianos em várias regiões próximas à fronteira com a Ucrânia e na área metropolitana de Moscou. Essas ações são vistas como respostas às ofensivas russas no território ucraniano.
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